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domingo, 3 de dezembro de 2017

A cidade do sol

Título: A cidade do sol
Autor: Khaled Hosseini
Editora: Nova Fronteira

Gênero: Romance
Ano: 2007
Pág: 364










"Khaled Hosseini, mais uma vez consegue envolver seus leitores com a força das emoções humanas, como poucos escritores sabem fazer."
As palavras são do New York Times, e estou em total acordo com elas. Assim como em "O caçador de pipas" o autor, mais uma vez, consegue tornar seus personagens imensamente reais, com uma narrativa repleta de sensibilidade. 

A história começa com Mariam, uma filha bastarda, que sonhava com uma vida normal junto ao pai e irmãos, como uma família. Pequena demais para entender os distúrbios psicológicos da mãe e o peso da palavra "bastarda."

A vida de Mariam não foge daquela velha história que já conhecemos, uma menina jovem casada a força com um velho cruel... Mas apesar de repetitiva, ela choca pela maneira realista como é descrita, e por sabermos que milhares de "Mariams" têm igual destino na vida real.


No decorrer da narrativa, a história de Mariam dá lugar à história de Laila, a segunda personagem. Crescida em uma família bem estruturada, moderna e que priorizava os estudos. Filha de um professor, ela cresceu em meio a livros e informação.
Mas a queda do governo comunista dá lugar ao governo do Talebã, que impõem leis rígidas, especialmente para as mulheres, e aquela moça que sonhava estudar e poder ser qualquer coisa que ela desejasse, se torna apenas mais um fantoche do regime totalitário, ditatorial e cruel.

Mariam e Laila são são duas mulheres afegãs, duas histórias enriquecedoras, são fictícias, mas com certeza existem muitas delas por lá, duas vidas castigadas pela imposição machista e autoritária da maioria dos homens afegãos, principalmente após a chegada do Talibã. D
urante a guerra bombas explodem em Cabul, e a vida das duas se cruzam, suas histórias se mesclam e mudam completamente.

O mundo não se comove pelo drama afegão, muito menos pelas suas mulheres. A burca que são obrigadas a usar não esconde apenas o corpo, esconde a violência, o medo, o desamparo, a solidão. Esconde o que o resto do mundo prefere não ver.


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